"A gente não pode esquecer que a pandemia não acabou e ela ainda se encontra em uma situação bastante complicada, em que não há vagas para internação, inclusive na rede privada. Parece que as pessoas perderam o medo e se acostumaram com essa tragédia que vivemos desde o ano passado". A fala é do médico infectologista, diretor do Hospital Giselda Trigueiro e membro do comitê científico do Rio Grande do Norte, André Prudente, ao defender que a população aumente a vigilância sobre as medidas de prevenção à Covid-19. Em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira (2), ele e representantes da Secretaria Estadual de Saúde voltaram a defender a vacinação da população e as medidas de distanciamento e uso de máscara.
- "Nosso
recado é para desestimular que as pessoas relaxem. Usem máscara, usem
álcool em gel e, aqueles que já podem, se vacinem", disse. Paciente
com suspeita da variante indiana da Covid morre no RN
- Covid
é principal causa de mortalidade de grávidas desde o início da pandemia no
RN
- RN
recebe lote com 95 mil vacinas e separa 10% para iniciar imunização de
trabalhadores da educação
Durante
o encontro, um dos grupos mais citados pelos gestores foi o das mulheres
grávidas, que vem sendo vacinado no estado. Apesar disso, a procura pela
imunização está menor que a esperada. "Hoje é um público que nos preocupa
muito", disse a subsecretária de Planejamento e Gestão da Secretaria
Estadual de Saúde, Lyane Ramalho. De acordo com ela, a mortalidade do grupo
está alta.
O
secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, apontou que o último relatório sobre
a situação da pandemia no estado destaca sete cidades com alerta vermelho.
"O
quadro é de extrema alerta, o que exige de todos nós, atenção e concentração de
esforços para proteger vidas. O mapa do indicador composto de ontem mostra que
a faixa da população em situação de alerta, amarela ou laranja, é muito alta,
inclusive chegando pela primeira vez a 7 municípios em vermelho", disse.
Cipriano
ainda apontou que o estado registrou 16 óbitos nas 24 horas anteriores e tinha
fila de espera com cerca de 80 pessoas esperando por um leito de UTI e voltou a
defender as medidas de prevenção.
"Estamos
sem possibilidade de fazermos expansão de leitos, por falta de equipamentos,
limitação de medicamentos e principalmente escassez de profissionais",
considerou.
Cipriano
ainda falou sobre a investigação de casos suspeitos da nova cepa indiana no Rio
Grande do Norte e destacou que os municípios devem ampliar a vigilância, para
evitar uma possível "transmissão comunitária" da nova variante no
estado. Para ele, isso agravaria ainda mais a situação do sistema de saúde.
Vacinação
Nesta
quarta-feira (2), o estado começa a distribuição de vacinas para o início da
imunização de trabalhadores da educação. Segundo a Sesap, os municípios ainda
receberão doses para pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência e
trabalhadores de saúde que ainda não receberam doses de vacina contra Covid.
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