Há dois tipos de febre amarela, a silvestre e a urbana. Qual é a diferença entre elas?
A silvestre é disseminada pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes,
circulantes em matas, e não em cidades. A versão urbana é transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo da dengue, do zika e da
chikungunya. Não há registro de febre
amarelaurbana no Brasil desde 1942. As mortes de agora foram
causadas pela versão silvestre, unicamente.
Existe a possibilidade dos mosquistos Haemagogus e Sabethes irem para a
área urbana?
Não. Os mosquitos Haemagogus e Sabethes são de gêneros diferentes, mas
tem comportamentos parecidos. Eles vivem em áreas de florestas densas, com
vegetação abundante. Voam alto e geralmente ficam na copa das árvores. Sua
fonte principal de alimentação é o sangue dos macacos que estão lá em cima. Ou
seja, estão totalmente adaptados a hábitos silvestres que não vão encontrar na
cidade.
Por que a versão urbana é um problema?
Porque seu potencial de disseminação é grande, na medida em que
circularia nas cidades, em meio a um número muito maior de pessoas.
O macaco pode transmitir febre amarela?
Não. A febre
amarela não é uma doença contagiosa, por isso sua transmissão
não é feita de animal para animal, tampouco de animal para humanos nem
entre humanos. A única forma de transmissão é pela picada de mosquitos
infectados.
Qual é o papel de primatas na transmissão?
Primatas podem se contaminar com o vírus, exercendo também o papel de
hospedeiros. Se picados, os animais transmitem o vírus para o mosquito,
aumentando, assim, os riscos de propagação da doença.
Quem precisa tomar a vacina?
O Ministério da Saúde recomenda a vacinação em crianças a partir de 9
meses de idade (6 meses em áreas endêmicas) e pessoas que moram próximo a áreas
de risco.
Onde ela está disponível?
A vacina está disponível gratuitamente em unidades básicas de saúde da
rede pública. Também é possível encontrá-la em clínicas particulares, ao custo
de cerca de 250 reais.
Quem não deve tomar a vacina?
Crianças com menos de 6 meses não devem tomar a vacina sob hipótese
nenhuma. Mães que estão amamentando crianças nessa idade também devem evitar se
imunizar. Caso seja necessária a vacinação, o ideal é ficar dez dias sem
amamentar o bebê. Em crianças entre 6 e 9 meses de idade, a vacinação só deverá
ser realizada mediante indicação médica. A mesma recomendação vale para
gestantes. Pacientes imunodeprimidos, como pessoas em tratamento
quimioterápico, radioterápico, com aids ou que tomam corticoides em doses elevadas
e pessoas com alergia grave a ovo também não devem se vacinar. FONTE: HTTPS://VEJA.ABRIL.COM.BR
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