O presidente Michel Temer começa a desenhar a estratégia para seu último ano de governo e para as eleições de 2018. A ideia é construir uma ampla frente de centro-direita para enfrentar a batalha pela aprovação da reforma da Previdência e de outras pautas econômicas e mantê-la unida até a disputa eleitoral de outubro.
Com mais da metade do tempo de TV, esta frente
incluiria PMDB, PSDB, DEM, PR, PRB, PP e PSD e seria capaz de fazer a defesa do
legado de Temer além de se contrapor e até isolar o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, líder nas pesquisas.
Segundo auxiliares de Temer, caso a estratégia
prospere o nome será escolhido no ano que vem. Os preferidos do presidente são
o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
pode ser o escolhido, mas precisa se reaproximar do PMDB e de Temer. A
candidatura do próprio presidente não está descartada, apesar dos apenas 3% de
aprovação nas pesquisas. Ele próprio se coloca como o “último da fila”.
Quem vier a ser o escolhido terá de defender a
gestão Temer, iniciada em 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff. O
Planalto avalia hoje que os índices econômicos estarão mais favoráveis no
próximo ano e que o governo terá um capital eleitoral positivo.
A tarefa de Temer é de difícil execução e consiste
em, antes de mais nada, aprovar uma pauta econômica no Congresso que permita
acelerar a geração de empregos. Com o vento a favor e a caneta nas mãos, o
presidente espera reduzir a influência da ala do PSDB que defende o desembarque
do governo e manter a coesão da frente até as eleições.
A estratégia do Planalto se divide em três frentes
que se complementam. No front político, Temer faz questão de deixar a discussão
de nomes em aberto.
Aliados comparam a ação do
presidente com a política “de raiz” praticada pelo velho PSD de Juscelino
Kubitschek, que teve ministros em todos governos entre 1945 e 1965, e citam
despistes e salamaleques feitos pelas raposas do PMDB como exemplo da
habilidade do presidente e seus homens de confiança. FONTE: PORTALNOAR
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