Alunos
da Escola Estadual Santos Dumont, em Parnamirim, realizaram na tarde desta
quinta-feira 11 uma manifestação para denunciar condições precárias na
infraestrutura física da unidade. De acordo com estudantes, a escola vive um
“descaso total”, com graves infiltrações e danos na instalação elétrica de boa
parte do prédio. Sobre o primeiro
problema, integrantes do Grêmio Estudantil 14 Bis reclamam que, em períodos
chuvosos, algumas salas de aula ficam inteiramente alagadas e parte do teto
apresenta sinais de deterioração. Segundo os alunos, o acúmulo de água aliado a
uma área de forte vegetação na vizinhança contribui também para a proliferação
de insetos.
Uma parte do muro que
divide a escola da Base Aérea de Natal tem, inclusive, um buraco, que permite a
passagem de animais. “Vários bichos já migraram para dentro da escola, como
cobras”, relata a estudante Lorany de Oliveira, de 17 anos.
Além disso, os
estudantes denunciam que, em diversos espaços da escola, há fiação exposta e
equipamentos conectados à energia elétrica em condições inadequadas. “Além de
muitos estarem quebrados, semana passada um dos ventiladores pegou fogo. Para
completar, não havia nenhum extintor de incêndio para controlar o fogo”,
assinala Lorany, afirmando que as infiltrações têm relação com os problemas na
eletricidade.
A situação dos
banheiros também preocupa. Só há dois ativos na instituição (um feminino e
outro masculino), e o estado deles é crítico. O presidente do Grêmio, Artur
Gomes de Araújo, de 16 anos, afirma que falta iluminação, equipamentos de
descarga e material de higiene básica. “A escola, que tem 1.300 estudantes, só
conta com um banheiro para meninos e outro para meninas. Os outros estão
interditados não sabemos por qual motivo”, reclama.
Além desses
problemas, o abastecimento de água é prejudicado. A caixa d’água da unidade,
por exemplo, está montada em uma estrutura precária, podendo desabar a qualquer
momento.
A
diretora da escola, Neide Vieira, explica que uma equipe da Secretaria Estadual
de Educação e Cultura (Seec) esteve na unidade há poucos dias e detectou os
problemas. Ela conta que a vistoria dos técnicos observou que lixo acumulado no
telhado da unidade entupiu a tubulação de água, o que danificou a instalação
hidráulica e provocou os vazamentos. Além disso, as telhas ecológicas que
formam o telhado da Santos Dumont estão com validade vencida. Os dois fatores
colaboraram para a entrada de águas nas salas – que, por sua vez, prejudicaram
a eletricidade também.
“A vistoria da Secretaria
identificou esses problemas – para os quais os próprios estudantes contribuem,
jogando garrafas de refrigerante, por exemplo, no telhado – e afirmou que a
solução passa pelo ‘retelhamento’ de toda a escola, que é muito grande”,
registra.
Em relação aos
banheiros, a diretora assinala que os vazamentos mais críticos acontecem
justamente na parte da cobertura dos banheiros. Com os vazamentos, a instalação
elétrica ficou danificada sobretudo nesta área. “A falta de energia é só na
área dos banheiros. Quando ligamos o disjuntor, ele dispara na hora”, conta
Neide, assinalando que os técnicos da Secretaria de Educação prometeram fazer
os reparos. Não há prazo, contudo, para as intervenções.
Mesmo diante da
situação, a diretora afirma que as aulas estão ocorrendo normalmente. “Nós da
Santos Dumont fazemos tudo para que a escola não pare. Nós nos viramos nos 30
para não parar”, finaliza.
NOVOS PROTESTOS
Enquanto o problema não é solucionado, os estudantes prometem novas mobilizações. O presidente do Grêmio, Artur Gomes de Araújo, afirma que os alunos planejam organizar uma passeata saindo da escola em direção à sede da 2ª Direc (Diretoria Regional de Educação e Cultura). “Além disso, vamos protocolar um ofício com todas as reivindicações. Esperamos que elas sejam atendidas”, pontua o estudante.
Enquanto o problema não é solucionado, os estudantes prometem novas mobilizações. O presidente do Grêmio, Artur Gomes de Araújo, afirma que os alunos planejam organizar uma passeata saindo da escola em direção à sede da 2ª Direc (Diretoria Regional de Educação e Cultura). “Além disso, vamos protocolar um ofício com todas as reivindicações. Esperamos que elas sejam atendidas”, pontua o estudante.
O vereador Ítalo
Siqueira (PSD), ex-professor da unidade, esteve no protesto desta
quinta-feira 11 e prometeu ajudar os estudantes no pleito.
A ESCOLA
As novas instalações da Escola Estadual Santos Dumont foram inauguradas em 2011 durante a gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini. Antes, a unidade funcionava nas dependências da Base Aérea de Natal, em um convênio com a Aeronáutica.
A Santos Dumont foi construída para comportar
2.400 alunos em 20 salas de aula e cinco laboratórios. Foram investidos R$ 3,4
milhões no prédio. Em 2015, a estrutura física da escola passou por um processo
de reforma e ampliação. A obra custou R$ 568.106,67. FONTE: AGORARN
As novas instalações da Escola Estadual Santos Dumont foram inauguradas em 2011 durante a gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini. Antes, a unidade funcionava nas dependências da Base Aérea de Natal, em um convênio com a Aeronáutica.
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