Quem
nunca ouviu aquela frase: “Não vá nadar depois de comer porque faz mal”? Isso é
o que diz a cultura materna. Mas será que nadar ou tomar banho após as
refeições, realmente tem algum risco? Durante
a digestão, o corpo aumenta o fluxo de sangue nos músculos do sistema digestivo
direcionando mais sangue e oxigênio para essas áreas. De acordo com os médicos,
a prática de exercícios físicos faz o corpo direcionar o fluxo para outros
músculos criando uma espécie de “competição” por energia.
Quanto esperar?
O
fator principal na hora de calcular o intervalo entre a alimentação e o
exercício físico é pensar no que se come. “Se a pessoa comer uma feijoada o
ideal é esperar umas três ou quatro horas antes de fazer exercícios. Se [a
refeição for] de frutas, suco, ou carboidratos entre meia e uma hora já
resolve”, explica o ortopedista Ricardo Munir Nahas, coordenador científico da
Associação Paulista de Medicina.
Na
lenda familiar, tomar banho também parecia algo capaz de provocar síncope –a
perda dos sentidos. Mas segundo os especialistas isso é apenas um mito. “É
importante evitar banhos muito quentes e demorados, pois podem provocar
mal-estar por queda da pressão arterial”, explica Berger.
Ou
seja, entrar na piscina só para ficar ali curtindo a água, tudo bem. O que não
pode é praticar exercícios de grande esforço.
Mas
que mal exatamente pode causar? “Dependendo da condição física pode ter uma
síncope, mas as reações vão desde um desconforto, náusea, soluço, e dores
abdominais. Em casos extremos, como de uma pessoa com cardiopatia, o esforço
após a refeição poderia causar um infarto”, comenta Nahas.
Os médicos ressaltam que
embora os riscos de afogamento sejam pequenos, não são inexistentes. “Por que
essa ‘fixação’ com a natação? Simples: o ser humano tem por habitat a terra,
não a água. Um mal-estar ‘no seco’ é mais facilmente observado e socorrido. Já
na água, a consequência pode ser muito pior”, alerta Berger. FONTE: UOL
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