O governo do Rio Grande do
Norte esvaziará o pavilhão 5, de onde saíram os presos que mataram 26
pessoas na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, disse nesta
segunda-feira (16) Wallber Virgolino, secretário da Justiça e Cidadania
(Sejuc).
As mortes foram resultado de
uma rebelião na qual detentos do Primeiro Comando da Capital (PCC) saíram do
pavilhão 5, quebraram um muro e invadiram o pavilhão 4, onde estão os presos do
Sindicato do RN --facção criminosa rival do PCC e à qual, segundo o governo do
Rio Grande do Norte, pertenciam todos as vítimas. A maioria morreu decapitada.
"A intenção da Sejuc é
isolar o pavilhão 5, ou seja, construir um muro, reformar. Para isso, ele será
esvaziado", disse Virgolino em entrevista no início da noite. Os presos do
pavilhão 5 irão para outros dos pavilhões de Alcaçuz --que não aqueles onde
estão os integrantes da facção rival do PCC-- ou em outras unidades do estado,
afirmou o secretário.
Ele não deu prazo para a transferência
e a consequente reforma ocorrer no local.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta,
cidade da Grande Natal,
e é o maior presídio do estado. A penitenciária possui capacidade para 620
detentos, mas abriga cerca de 1.150, segundo a Sejuc, órgão responsável pelo
sistema prisional do RN.
Além dos 26 mortos, o governo
do estado confirmou que existe a suspeita de que haja mais corpos dentro da
unidade e que o Corpo de Bombeiros fará a busca dentro de
uma fossa. Um carro da Companhia de Águas e Esgotos do RN
(Caern) chegou ao local por volta das 11h para esvaziar a fossa; a procura foi
interrompida e continuará nesta terça (17).
Os cinco presos apontados
pela Secretaria de Segurança Pública como chefes da facção que promoveu a
matança de presos em Alcaçuz foram levados para a Divisão de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP), em Natal, na tarde desta segunda, para prestar
depoimento a uma comissão de delegados e, de lá, serão transferidos para outra
unidade prisional.
O governador Robinson Faria publicou no Twitter, nesta
segunda-feira, que pedirá ao Governo Federal mais agentes da Força Nacional
para atuar no estado. O argumento é que a Força é necessária para
retomar o controle de Alcaçuz. FONTE: G1DORN
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