Ao
listar os indícios de que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
teria dedicado toda sua vida pública a “obter vantagens indevidas com a
finalidade de possibilitar uma vida de gastos vultuosos” para si e sua família,
a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba aponta que o peemedebista pode ter um
patrimônio até 53 vezes maior do que o declarado e que também pode ter outras
contas ainda não descobertas nos Estados Unidos.
As
suspeitas dos procuradores da República se baseiam nas informações obtidas por
meio da cooperação internacional com o Ministério Público da Suíça, que
identificou quatro contas, sendo três vinculadas ao peemedebista e uma a sua
mulher Cláudia Cruz, que já renderam denúncias na Lava Jato.
No
documento de abertura de uma destas contas, a Triumph, no Banco Suíço Julius
Baer, em 2007, o peemedebista declarou possuir um patrimônio de US$ 20 milhões.
Naquele
mesmo ano, o patrimônio do peemedebista declarado ao Imposto de Renda foi deR$ 1,2
milhão. Em 2008, cunha abriu outra conta, a Orion SP, no Banco
Merril Lynch na Suíça (atual Julius Baer) e a própria instituição financeira
avaliou seu patrimônio em US$ 16 milhões “proveniente de investimento no
mercado imobiliário e na bolsa de valores”. Naquela ocasião, o ex-parlamentar
declarou que o patrimônio seria de US$ 11 milhões.
Além
das disparidades em relação ao patrimônio de Cunha, a documentação das contas
estrangeiras também levantou suspeitas da Lava Jato sobre a possibilidade de
novas contas do peemedebista no exterior ainda não reveladas. No mesmo
documento de abertura da conta Orion, a gerente do Merril Lynch na época
afirmou que o ex-deputado possuía outra conta na instituição financeira em Nova
York.
“Ademais,
há informação da gerente da conta de que o conhece (Eduardo Cunha) há 6 anos,
de que é cliente do Merril Lynch por 20 anos, bem como também proprietário das
contas Orion, Triunph, Netherton e Kopek (todas estas já identificadas na Lava
Jato)”, assinalam os procuradores da República.
Para a força-tarefa, as informações reforçam ainda mais as suspeitas sobre a existência de um alentado patrimônio ainda oculto do peemedebista, considerando que, até agora, só teria sido bloqueado o valor de cerca de US$ 3 milhões em uma das contas do deputado cassado no exterior.
Para a força-tarefa, as informações reforçam ainda mais as suspeitas sobre a existência de um alentado patrimônio ainda oculto do peemedebista, considerando que, até agora, só teria sido bloqueado o valor de cerca de US$ 3 milhões em uma das contas do deputado cassado no exterior.
“As
demais contas suíças foram fechadas pelo ex-deputado federal, sendo que
permanece oculto um patrimônio de aproximadamente USD 13 milhões. Também não se
tem conhecimento da localização das possíveis contas existentes em nome de
Eduardo Cunha nos Estados Unidos, constando dos documentos suíços que a conta
no Merril Lynch em Nova Iorque teria sido fechada no ano de 2008”, segue a
força-tarefa.
O peemedebista sempre negou
ser o proprietário das contas no exterior. Sua defesa não foi localizada pela
reportagem para comentar o caso. FONTE: AGORARN
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