O desembargador
João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da
4.ª Região, negou nesta sexta-feira, 28, o pedido liminar da defesa do
ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para
colocá-lo em liberdade.
O magistrado
afirma que o peemedebista demonstrou "acentuada conduta de desprezo não só
à lei e à coisa pública, mas igualmente à Justiça criminal e à Suprema
Corte". Por isso, deve permanecer detido cautelarmente. "Com efeito,
a situação do paciente (Eduardo Cunha) não destoa da de outros investigados,
sendo impossível supor a desagregação natural do grupo criminoso ou da
sequência de atos delitivos sem a segregação cautelar dos envolvidos com maior
destaque, dentre os quais o paciente, então líder político do PMDB",
assinala Gebran Neto em decisão de quinta-feira, 27, tornada pública nesta
sexta. Com a negativa
da liminar, caberá ainda à 8ª Turma da Corte analisar o mérito do pedido da
defesa do peemedebista, o que ainda não tem data para acontecer. Eduardo Cunha
foi preso preventivamente em Brasília no último dia 19 por ordem do juiz Sérgio
Moro, da Justiça Federal em Curitiba, após uma das ações penais contra ele ser
remetida para o magistrado da Lava Jato. Na ocasião,
Moro apontou o "caráter serial dos crimes" do peemedebista, que
segundo a Lava Jato teria dedicado toda sua vida pública, desde a década de
1990 "para obter vantagens indevidas", e determinou a prisão dele
para evitar o risco à ordem pública e às investigações. O entendimento foi
reiterado pelo desembargador Gebran Neto, ao negar a liminar. "Eduardo
Cosentino da Cunha é figura proeminente de sua agremiação política, o PMDB, e
teria recebido propinas e participado de forma relevante no esquema criminoso
da Petrobras, ao tempo em que exercia o cargo de deputado federal. A percepção
de propinas em esquema criminoso enquanto estava sendo processado por outro
caracteriza, em princípio, acentuada conduta de desprezo não só à lei e à coisa
pública, mas igualmente à Justiça criminal e à Suprema Corte", assinalou o
desembargador. Eduardo Cunha é
réu em três ações penais, sendo duas em Brasília e uma em Curitiba, esta
perante o juiz Moro.
Na ação perante Sérgio Moro o ex-presidente da Câmara é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fiscal pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam sido contempladas com propinas do esquema de corrupção na Petrobras. A mulher do ex-deputado, Cláudia Cruz, também é ré na Lava Jato acusada de lavar e evadir US$ 1 milhão por meio de contas secretas no exterior abastecidas pelo seu marido com dinheiro da corrupção na Petrobras. FONTE: NOVO JORNAL
Na ação perante Sérgio Moro o ex-presidente da Câmara é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fiscal pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam sido contempladas com propinas do esquema de corrupção na Petrobras. A mulher do ex-deputado, Cláudia Cruz, também é ré na Lava Jato acusada de lavar e evadir US$ 1 milhão por meio de contas secretas no exterior abastecidas pelo seu marido com dinheiro da corrupção na Petrobras. FONTE: NOVO JORNAL
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