Representantes do WhatsApp devem se reunir nesta semana com autoridades policiais e judiciais do Brasil. O objetivo de explicar como o serviço funciona e tentar justificar porque o app, fora do ar no Brasil desde esta segunda (2), não libera informações sobre conversas para investigações.
A ideia é resolver
“mal-entendidos”, disse à Folha Matt Steinfeld, diretor de comunicações da
companhia.
“O objetivo dessa
viagem é abrir um diálogo aberto e construtivo, de longo termo, para evitar que
[novos bloqueios] aconteçam no futuro”, afirmou o executivo, que está no Brasil
e integra a comitiva.
Entre esses órgãos,
segundo Steinfeld, está a Polícia Federal, cujas investigações culminaram na
prisão, em março, de Diego Dzodan, vice-presidente do Facebook, e no atual
bloqueio, decidido por um juiz da cidade de Lagarto, em Sergipe.
No fim do ano
passado, foi apreendido um carregamento de drogas na cidade, de uma quadrilha
que teria atuação também em outros Estados, como São Paulo.
Foi pedido, então,
que o WhatsApp repassasse dados sobre a localização e a identificação de
suspeitos de tráfico, o que empresa se nega a fazer, justificando não
armazená-los.
Além disso, deve
ficar ainda mais difícil para a companhia liberar esse tipo de informação. Em
abril a ferramenta terminou o processo de implementação do sistema de
criptografia “end-to-end” (no qual apenas as pessoas na conversa podem ler as
mensagens).
O diretor de comunicação
diz que a companhia foi pega de surpresa pela decisão do juiz, sobre a qual já
entrou com recurso. “É uma medida que veio do nada”, disse. “Desde a prisão [de
Dzodan] nós não ouvimos do processo. Não houve um pedido de informação ou algo
assim. É uma medida que veio do nada e afeta 100 milhões de pessoas que usam o
aplicativo em suas vidas cotidianas.” FONTE: AGORA RN
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