O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de um novo inquérito contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com base nas trocas de mensagens entre o peemedebista e o dono da OAS, Léo Pinheiro. O ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB), que ocupou a presidência da Câmara entre 2013 e 2015, também é alvo do pedido da PGR.
"As
centenas de mensagens trocadas entre Léo Pinheiro e Eduardo Cunha, apreendidas
no celular daquele, demonstram que, além da elaboração de diversos projetos de
lei e medidas provisórias de interesse da OAS e do Banco BTG, Eduardo Cunha
também defendeu o interesse do grupo OAS no tema da CPI e intermediou diversos
negócios entre a OAS e o então Presidente da Câmara dos Deputados Henrique
Eduardo Alves", diz uma peça encaminhado por Janot ao Supremo.
O
procurador-geral da República aponta ainda que Cunha cobra, por diversas vezes,
doações à campanha de Eduardo Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.
"Amigo a eleição é semana que vem, preciso que veja urgente", diz
Cunha a Léo Pinheiro em uma dessas mensagens.
Este
inquérito ainda precisa ser autorizado pelo ministro do Supremo Teori Zavascki.
Nesta terça, Janot também pediu a inclusão dos dois peemedebistas no processo
conhecido como "quadrilhão", que investiga a formação de uma organização
criminosa que atuava na Petrobras e em outros setores ligados ao Ministério de
Minas e Energia. Caso os dois procedimentos sejam aceitos por Teori, Cunha
passará a responder a oito ações no STF, numa das quais já é réu.
Em sua defesa, Cunha
tem dito que sofre perseguição de Janot. Henrique Eduardo Alves, por sua vez,
negou as acusações, disse desconhecer qualquer processo e afirmou que todas as
doações de campanha dele foram registradas no Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). FONTE: NOVO JORNAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário