O novo Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), Cristiano Feitosa Mendes, terá entre as missões tentar reabrir os presídios parcialmente interditados, além de desenvolver uma gestão capaz de pacificar os presidiários diante da crescente onda de embates entre facções, cenário que têm se traduzido em mais de 20 mortes somente em 2015. Para tanto, o novo titular da Sejuc não descarta a manutenção da presença da Força Nacional.
“Não dá pra fazer tudo isso de
maneira assoberbada. Há de ser feito um planejamento junto à Secretaria de
Segurança. Precisaremos do apoio da Polícia Militar e também da Força
Nacional, para que a gente evite confrontos e prejuízos maiores”, pontuou
Feitosa.
Questionado sobre a separação de
presos por tipo de crime, posta em prática ontem (22) pelo juiz Henrique Baltazar
Vilar dos Santos, titular da da Vara de Execuções Penais de Natal,
Cristiano foi ponderado. “Quando nos situarmos da situação, vamos analisar se
isso foi positivo ou não e a partir daí gerar um novo diagnóstico”, disse.
Até o final da tarde de ontem (22), cerca de 200 presos da capital
potiguar foram transferidos.
Presídio interditados
Atualmente, pelo menos 11 presídios
estão parcialmente interditados, ou seja, não estão recebendo mais presos. São
eles: Cadeia Pública de Natal, Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, Presídio Rogério Coutinho Madruga, Cadeia Pública de Caraúbas, Cadeia
Pública de Nova Cruz, Centro de Detenção Provisória (CDP) de Santa
Cruz, Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), CDP I de
Parnamirim, CDP II de Parnamirim, CDP III de Parnamirim
e Penitenciária Estadual do Seridó.
Cristiano Feitosa afirmou que vai
buscar conhecer os processos que envolvem tais interdições e tentar os mais
breve possível “remover os obstáculos” para que os presídios voltam a receber
novos detentos. “Vamos em busca de mais recursos para reformar e construir
novas unidades. Sabemos que essa é uma iniciativa a longo prazo, pois requer
licitação, depois a própria construção, ou seja, algo que só vai repercutir na
sociedade com algum tempo”, finalizou o novo titular da Sejuc.
Calamidade A Sejuc não vive um bom momento. Em março,
após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais do estado, o governo
decretou estado de calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a
recuperação de 14 presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos
aproximadamente R$ 5,6 milhões. FONTE: AGORA RN
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