Dos 167 municípios potiguares, 153 estão em
situação crítica em razão da escassez hídrica. Destes, 122 são abastecidos por
caminhões-pipa, 35 fornecem água aos moradores por meio de rodízios e 11 estão
em colapso no abastecimento. Segundo o governo do estado, esta é a pior seca
dos últimos 100 anos. Os prejuízos, somente no ano passado, somam R$ 3,8
bilhões.
Nesta segunda-feira (21), ainda de acordo com o
Gabinete Civil, prefeitos das onze cidades que estão em colapso (Acari, Antônio
Martins, Carnaúba dos Dantas, Currais Novos, João Dias, Luís Gomes, Paraná,
Pilões, Riacho de Santana, São Miguel e Tenente Ananias) se reúnem com o
governo para detalhar o chamado Plano de Enfrentamento da Seca, anunciado na
semana passada pelo governador Robinson Faria.
Segundo Robinson, o governo do estado está traçando
estratégias de ação para a convivência com a estiagem. O plano, para o qual
foram pleiteados R$ 63 milhões, é pensado para os próximos seis meses.
“Estramos enfrentando a maior crise hídrica da história do nosso estado”,
frisou.
Três pontos principais compõem o plano. No
primeiro, o estado pretende equipar, perfurar e comprar materiais para poços. O
segundo diz respeito à forragem e ração animal, principalmente para os pequenos
agropecuaristas. O último, é sobre a utilização de carros-pipa. O governo quer
que o Exército Brasileiro também abasteça a zona urbana das cidades que estão
em colapso.
OiticicaNa semana passada, após reunião com o governador do RN, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, afirmou que o Rio Grande do Norte deve receber R$ 6 milhões para a continuidade das obras da barragem de Oiticica, que estão atrasadas. Pelo cronograma inicial, deveria ter sido entregue em junho deste ano. Porém, só deve ficar pronta em dezembro de 2016. O reservatório está sendo construído em Jucurutu, na região Seridó, e deve beneficiar meio milhão de pessoas em 17 municípios.
Especial 'Seca no RN'
Na semana passada, o G1 e a Inter TV Cabugi publicaram e exibiram reportagens especiais sobre a seca no Rio Grande do Norte. Durante cinco dias, foram percorridos 1.400 quilômetros e visitadas 19 cidades nas regiões Seridó e Oeste do estado. Durante o trajeto, foi possível ver que a estiagem está mudando hábitos e transformando paisagens interior a dentro. Reservatórios secaram, cachoeiras desapareceram e o verde da vegetação ganhou tons de cinza. O solo rachou, animais morreram, plantações foram dizimadas. FONTE: ANDERSON BARBOSA DO G1 RN
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