Pelo aluguel da terra, pagam entre R$ 700 e R$ 1 mil mensais por aerogerador. Na região seca, com muito vento, a indústria eólica surgiu como alternativa para os proprietários de terra. A renda reinvestida na perfuração de poços, permitiu o desenvolvimento, por exemplo, da agricultura irrigada.
Com 20 aerogeradores instalados em quatro fazendas, Francisco dos Santos tem uma renda fixa, por mês, de cerca de R$ 20 mil. Com o dinheiro, ele perfurou poços e pôde arcar com os custos do bombeamento da água até a plantação. “Antes eu não tinha condição de pagar esses três mil contos de energia para botar o pessoal para trabalhar”, conta o agricultor.
Arlindo é um dos 20 funcionários contratados para trabalhar na fazenda de Seu Francisco. O novo salário foi muito bem-vindo. “Lá em casa não tinha televisão, geladeira. Tudo isso a gente já tem”, diz o agricultor Arlindo Martins Simão.
E o comércio soube mesmo aproveitar os novos clientes.
“Procuramos inovar, fizemos um restaurante mais sofisticado, que tivesse essa diferença, climatizado. E tanto a população gostou como as pessoas que vêm a trabalho”, explica à empresária Véscia Maria Fernandes.
A loja de material de construção também foi ampliada.
“Antes eu tinha média de quatro a cinco funcionários, hoje nós temos 20 funcionários e quadruplicou o nosso faturamento”, afirma o empresário Roldão Dantas Borges.

Dados do IBGE mostram que, entre 2008 e 2012, houve, em João Câmara, um crescimento de 90% no PIB, que é o conjunto de todos os bens e serviços produzidos num determinado período. E os bons ventos devem trazer novas ampliações do setor eólico nesta parte do Brasil.
“Nós já estamos viabilizando mais cinco
parques aqui na região e futuramente teremos condições de investir em mais
parques”, comenta Sérgio Teixeira, responsável pelo parque eólico.
FONTE: DO G1
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