A motocicleta é o meio de transporte mais
letal no Rio Grande do Norte, segundo o relatório “O Retrato da Segurança
Viária 2014”, que traça a situação da segurança do trânsito no Brasil. Dados
apontam que 56% das mortes registradas no trânsito em 2012 são motociclistas ou
pessoas que andavam na garupa de motocicletas.
Os números mostram que o índice de mortes em
acidentes com motos no RN saltou de 26% para 56%, entre 2001 e 2012. Enquanto,
o número de óbitos de usuários de carros baixou de 39% para 26%, no mesmo
período, e de pedestres, de 32% para 15%. O índice de mortes de ciclistas
também diminuiu, de 3% para 2%, em 2001 e 2012. Já o registro óbitos de em
acidentes com ônibus não aparecia em 2001, mas em 2012 marcou 1%.
Dados apontam que 80% dos feridos em
acidentes de trânsito ocorridos em 2012 estavam em motocicletas ou nas garupas;
12% eram pedestres; 6% estavam em automóveis e 2%, em bicicletas.
Segundo o estudo, em 2013, 40% das rodovias
Estaduais e Federais que cortam o Rio Grande do Norte estavam em boas
condições, enquanto 32% foi apontada como regular. 18% das estradas pontuou
como ruim; 8% como péssima e apenas 2% estava em ótimas condições.
Em 2012, foram gastos R$ 233.370.270,25 com
óbitos e feridos em acidentes de trânsito no Estado.
Motos lidera frota
O Rio Grande do Norte ocupa 15º lugar na
frota do País, com 888.149 mil veículos registrados em 2012.
Os números apontam o crescimento exorbitante
de motos. Em 2001 eram 70.902 e em 2012 o número pulou para 355.980 (402%);
carros eram 184.234 e agora são 483.546 (162%); e caminhões e ônibus 18.321 e
37.030 (102%).
O estudo apontou ainda as três cidades (com
mais de 20 mil habitantes) mais violentas e as menos violentas no trânsito no
RN.
Mossoró, João Câmara e Pau dos Ferros são as
três cidades mais letais do Estado, com índices de 43,5 por 100 mil habitantes,
42,8/100 mil hab. e 42,6/100 mil hab, respectivamente.
São Gonçalo do Amarante, Nova Cruz e São
Miguel foram consideradas as menos violentas no trânsito, com índices de
4,4/100 mil hab., de 5,6/100 hab. e de 9,1/100 mil hab., respectivamente.
O estudo foi preparado pelo ONSV
(Observatório Nacional de Segurança Viária) e pela consultoria Falconi e traz
dados da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos), da CNT
(Confederação Nacional do Transporte), do Datasus (Departamento de Informática
do Sistema Único de Saúde), do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), do
DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do Ipea (Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada) e da OMS (Organização Mundial da Saúde).
FONTE:
JORNAL DE HOJE
Nenhum comentário:
Postar um comentário