O estudante de Agronomia da
Universidade Federal do Semiárido (Ufersa), José Leôncio de Almeida Silva, 23
anos, recebeu nesta segunda-feira (16) o prêmio Jovem Cientista em solenidade
realizada no Palácio do Planalto com a presença da presidente Dilma Rousseff.
Ele foi premiado na categoria Ensino Superior pela pesquisa desenvolvida para
irrigação do solo do semiárido usando água salina do Aquífero Calcário
Jandaíra, uma das maiores reservas de água dos estados do Ceará e Rio Grande do
Norte.

Na pesquisa, ele desenvolveu uma solução de água salina proveniente do manancial misturada à água usada no abastecimento urbano e disponível em menor quantidade, com o objetivo de irrigar os solos do Semiárido. O experimento foi usado na plantação de milho e sorgo – duas das culturas que mais crescem no Nordeste – adotadas por produtores locais como forragem, alimento para os animais.
"A falta de água,
principalmente de boa qualidade, na região me motivou a desenvolver esse
projeto. Descobrimos que, misturando água salina à água do abastecimento,
obedecendo determinadas proporções, e utilizando a solução na irrigação das
culturas, reduzem-se fatores como produtividade e área foliar (tamanho da
folha), mas não se interfere no teor proteico, o que é um ótimo resultado, já
que a forragem servirá de alimento para animais”, explica o pesquisador.
Assim, a mistura de águas é uma opção viável no cultivo e no desenvolvimento de plantas forrageiras na região semiárida do Nordeste durante períodos de estiagem (de abril a novembro). “O que eu fiz foi descobrir o nível de salinidade que as plantas forrageiras toleram. E, além disso, que a mistura poderia ser usada não somente nos períodos de seca, mas também ao longo de todo o ano. Assim, o produtor não precisa gastar água de boa qualidade com a irrigação”, conclui ele
Assim, a mistura de águas é uma opção viável no cultivo e no desenvolvimento de plantas forrageiras na região semiárida do Nordeste durante períodos de estiagem (de abril a novembro). “O que eu fiz foi descobrir o nível de salinidade que as plantas forrageiras toleram. E, além disso, que a mistura poderia ser usada não somente nos períodos de seca, mas também ao longo de todo o ano. Assim, o produtor não precisa gastar água de boa qualidade com a irrigação”, conclui ele
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