Um reunião do Comitê de Especialistas da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) na terça-feira (4) apontou que 78 municípios do Rio Grande do Norte tiveram uma piora nos indicadores da Covid-19. O indicador composto - que reúne uma série de informações sobre o quadro da pandemia no Rio Grande do Norte - indica ainda que outros 80 municípios se mantiveram estáveis e que apenas nove apresentaram melhora. Assim, 84% da população está em áreas de alerta. Isso porque, segundo o indicador composto, nessas duas últimas semanas, os índices de mortalidade e de casos confirmados estão com curva crescente. De acordo com o documento, as regiões Metropolitana de Natal, Oeste, Agreste e Vale do Açu estão em alerta vermelho para a taxa de casos ativos.
Para o secretário de Estado da Saúde Pública,
Cipriano Maia, o conjunto dos dados atuais não indica que seja para manter
abertos ambientes que tenham alto risco de transmissão.
“Os dados nos mostram que
precisamos dar atenção mais ainda a todas as medidas de cuidado e evitar assim
a transmissão desse vírus tão mortal para não chegarmos a uma terceira onda”,
afirmou o secretário. Segundo a infectologista infectologista Marize Reis,
“essa onda é mais grave e mais demorada". "Ameaça o desabastecimento
e, assim, o bloqueio de leitos tão necessários para a assistência. Estamos numa
fase da onda que está demorando a baixar. É fundamental que a população
compreenda que precisa retomar os cuidados e evitar aglomeração”.
Dados do indicador composto
O indicador composto indica que 84,8% da população potiguar está
em área de alerta. Isso significa que esse público está entre o sinal amarelo (3
e 4 pontos) e vermelho (5 pontos). A análise por região mostra que apenas o
Alto Oeste conta com mais da metade de sua população em áreas de sinal verde (1
ou 2 pontos), apesar de ainda contar com 11,3% em sinal vermelho.
Na
outra ponta, a Região
Metropolitana está com toda a população em sinal amarelo,
seguida do Agreste (94,6%), do Oeste (88,2%) e do Vale do Açu (84,3%).
O
indicador composto é feito pela Sesap, pelo Comitê de Especialistas e pela
UFRN, sob a coordenação do professor Kênio Lima. O estudo permite um
monitoramento da pandemia em todo o estado.
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